La Joya • Paulo Dybala (revisando)

•cap.52•

Giuliana Allegri

Ah não

Dyba cai e eu corro em sua direção. Abaixo e fico ao seu lado o chamando e ele nada de abrir os olhos nem acordar, percebo que há sangue escorrendo e ouço Douglas falar "sangue" e cai desmaiado

-CHAMA ALGUÉM-grito e Pjanic já está com o telefone em mãos. Bato na cara de Paulo e ele resmunga, logo ouço sirenes de ambulância e três  homens invadem o gramado com uma maca. Um me afasta e os outros dois colocam Dybala na maca enquanto Douglas acorda. O moço fala que eu não posso ir na ambulância mas me fala o hospital que iam levar ele.

Eu e os meninos decidimos ir no carro de João. Chegamos em poucos minutos por conta da velocidade do português e já sai do carro em direção a recepção

Cheguei ofegante e aos poucos fui falando meu nome. Os meninos ficaram no carro com medo de chamarem atenção e eu fiquei na recepção esperando me liberarem. Fiquei muito tempo lá, meu irmão já havia me mandado mensagem e eu mandei um áudio pra ele explicando tudo. Ele perguntou se eu queria que ele viesse pro hospital mas falei que não precisava. Olhei pra fora e vi o carro de João Cancelo ainda no estacionamento. Estava quase dormindo sentada quando um médico veio em minha direção

-família de Paulo Dybala?-todos que estavam na recepção olham surpresos e eu me levanto

-Eu-digo indo em direção a ele.

-sou o doutor Marcos, por favor me acompanhe

O acompanho até uma sala e ele se senta numa cadeira enquanto eu fico em pé. Ele mexe um pouco no computador e logo volta a atenção em mim

-você é o que do paciente?-me analisa. Ao certo, não tínhamos nada definido. Eu ia na casa dele e ele na minha. Bom, nós já ficamos varias vezes. Acho que estamos sério. Porém não tem aliança nem pedido.

-É...sou namorada-mordo o lábio por estar nervosa.

-a sim,quer se sentar?-aponta para uma cadeira na frente de sua mesa. Me sento e fico de frente para ele

-então, o paciente apresentou uma fratura no braço e uma pancada na cabeça. Mas pelo jeito nada muito grave. Ainda estamos esperando ele acordar para ver se a memória foi afetada.

-nossa- imagino a dor dele e aperto meu dedo o estalando.- eu posso vê-lo?

-ele ainda está sob efeito de medicamento e não acordou, como eu te disse. Mas pode sim. É só pedir lá na recepção que eles te liberam.

-obrigada-digo simples e saio da sala, ando de cabeça baixa até a recepção e lá estava meu irmão. Olho emburrada pra ele e chego perto

-eu te disse que não era pra vir-piso no pé dele

-ai. Antonella me encheu o saco pra vir aqui reclama com ela depois. Vou ficar aqui e te levar pra casa depois.-diz sentando numa cadeira e tombando a cabeça pro lado

-quer entrar comigo?-pergunto e ele nega com a cabeça. Vou na moça e falo que o médico me autorizou. Ela faz um crachá pra mim e me diz o quarto, número 21

[...]
Entro no quarto e percebo que havia uma enfermeira repondo soro. Ela sorri pra mim e sai do quarto. Tinha uma cadeira do lado da cama. Me sento nela e ponho minha mão por cima da dele e começo a falar

-oi Paulo, você me deixa doida sabia? Você aparece do nada na minha vida e já apronta todas comigo-uma lágrima cai do meu olho e limpo- lembro da primeira vez que te vi pessoalmente, ousado como sempre. Naquele dia eu não consegui parar de pensar em você. Até sonhei contigo. Lembro me também quando você insistiu para mim ir com você no casamento do Philippe, e olha que é só semana que vem ainda. Em pouco tempo eu percebi que só de uma pessoa estar do seu lado, mesmo não falando nem fazendo nada, só de ouvir a respiração dessa pessoa você já se sente feliz. Eu gosto muito de você, não só como amigo. Muito mais do que isso. Acho que eu te amo- minha voz fraqueja- é, eu acho.

Nesse momento ele aperta minha mão forte. Levanto e olho pro rosto dele. Ele abre devagar os olhos e faz uma careta de dor.

-oi-digo baixinho e ele me olha sem entender- tudo bem?

-o que aconteceu?-olha em volta- quem é você?

             🤨🤨🤨🤨🤨🤨

AI DROGA

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