Deserto do Saara, 19:50hs.
O culto finalmente acabara. Ele já estava cansado de fazer essas coisas, mas era lucrativo. Enquanto pensava ele limpava o altar. Em cima dele uma pira onde ainda queimava o resto do sacrifício. O cheiro era incrivelmente agradável. Ele inspirava aquele odor como quem cheirava sakuras e sândalos. A carne humana queimada tinha um cheiro maravilhoso mesmo.
Durante o ritual, enquanto a vitima queimava viva, seus gritos ecoavam por todo o templo. Os membros daquele ritual profano faziam isso para poder chamar Ifrit, o gênio do fogo.
Mal sabiam eles que aquele sacerdote era na verdade o gênio que eles cultuavam, que disfarçado, induzia que eles fizessem ofertas e oferendas.
Ele estava terminando de absorver a fé que ainda existia no lugar quando sentiu uma presença. Não parecia ser nada poderoso, porem conseguiu passar pelos guardas.
Ifrit tentava fingir que não sentia aquele invasor, tentaria pega-lo desprevenido. Mas algo passou rente a sua orelha, ele conseguiu desviar a cabeça e o projetil acertou sua imagem de gesso no altar quebrando-a em vários pedaços. Ifrit sorriu. Precisava de um pouco de ação.
- Então achou que me pegaria de surpresa. Disse ele se levantando Por que não aparece para que eu possa ver meu próximo sacrifício?
Após essas palavras saiu das sombras um rapaz com pouco mais de 16 anos. Ele usava uma calça jeans surrada preta e uma camisa de flanela branca. No seu pescoço carregava um pingente em forma de rosa. Seus cabelos eram longos e pretos e em suas mãos havia um revolver Magnum 45. Ele sorriu.
Ifrit não esperava um caçador tão jovem, mas seria divertido. Antes que pudesse se colocar em posição de luta o rapaz já estava junto dele colando a arma em sua testa. No momento de apertar o gatilho, Ifrit foi mais rápido e deu-lhe um soco no rosto que o fez ser jogado pra traz. Enquanto seu corpo voava o rapaz ainda fez dois disparos enquanto movimentava o corpo. Ifrit se esquivou e o rapaz parou ao se chocar com a parede.
- Elida! disse o rapaz tranquilamente enquanto saia dos escombros Acho que precisarei de algo mais forte. Medusa por favor.
Ao falar isso, uma linda garota de pele branca e longos cabelos negros, entrou pela porta. Ela parecia ter cerca de 15 anos e carregava uma maleta ao abri-la jogou no chão, diversos desenhos e ao escolher um ela fechou o olhos e gritou:
- Medusa!
Assim que proferiu o nome uma arma calibre 12 apareceu na mão do rapaz. Sorriu satisfeito. Ifrit ficou impressionado. Nunca havia visto de perto uma invocadora. Mas saiu do seu transe assim que o estrondo da arma chegou a seus ouvidos e uma aguda dor subiu de sua barriga.
O garoto tinha atirado com a arma a queima roupa e as balas começaram a petrificar sua pele. Mas a regeneração resolveria isso. Então ele correu ate o garoto e atacou mais uma vez com socos. Sem poder recarregar ele apenas desviava.
- Maldita.
Gritou a menina.
Uma adaga negra apareceu nas mãos do rapaz que atacou assim que Ifrit tentou soca-lo novamente. Abaixando como que por instinto ele escapou do soco e subiu com a adaga de forma tão rápida que Ifrit não pode desviar e acabou cortado da barriga ate a garganta.
Satisfeito o rapaz achou que sairia vitorioso, mas isso não era o bastante para derrotar um Elemental. Ifrit se levantou e agarrou as beiradas da ferida e começou a rasgar a carne. A cena era nojenta o bastante para prender a atenção dos dois jovens, quando do meio da ferida nasceu uma criatura feita de lava e fogo.

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Crônicas do Céu e o Inferno
ParanormalO que você faria se soubesse que todos os seres sobrenaturais existem? E que as historias que você ouve desde criança sobre o Céu e o Inferno não forem exatamente como te contaram? Então por que tudo foi contado dessa forma pra você? Isso você poder...