capítulo 4: bom dia, minha linda

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MANHÃ DE SÁBADO

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MANHÃ DE SÁBADO

— Bom dia, minha linda.

Quando reconheço, agradeço aos céus pela sua ligação. Colin não havia me ligado nem mandado mensagem. Pensei nisso de madrugada, no momento que voltamos do passeio ao Letreiro de Hollywood e me deitei na cama. Tentei me confortar com a ideia de que ele estava me dando espaço, permitindo que eu me divertisse e aproveitasse os três dias livremente.

Ainda sim, preferia mil vezes uma simples mensagem do que o silêncio.

O maldito silêncio.

Forço os olhos e tento abri-los, mas eles imploram para continuar fechados. E esse é o resultado de ir dormir meia-noite, ser acordada às duas da madrugada, voltar a dormir às seis e acordar novamente às dez. Quero dormir. Preciso de mais algumas horas de sono, mas a vontade de pular do cama e aumentar as horas de convívio com os meninos desperta em mim.

É nessa hora que recebo uma mensagem. Vejo no ecrã. E é de Colin.

O mais inacreditável disso tudo, é que Colin me atende com um simples e inconveniente "bom dia, minha linda", como se nos últimos dias tivéssemos trocado mensagens e telefonemas. Só que não. As tais mensagens e os telefonemas não aconteceram, e deve ser porque eu fiquei sem acesso à internet por um mês. Nem ontem, ao menos, recebi sua ligação e agora, ao recebê-la, não sinto nada além de obrigação. Nada mesmo.

Estou chateada com o seu descaso.

E não quero falar com ele neste instante.

Mas ainda sim, respondo:

— Bom dia.

— Você tá chateada — ele deduz de imediado.

— Estou.

— Desculpa — é o que ele diz depois de alguns segundos em silêncio. — Quer que eu explique? Você sabe o que eu acho sobre justificativas.

Solto um longo suspiro.

— Você sabe que é o mínimo.

— Certo — Colin aceita, sem escolhas. — Estou fazendo estágio como orientador na Washington High School. A carga horária é pesada, e eu ainda tenho a faculdade de psicologia. Foi um dos meus professores, inclusive, que me indicou como opção pra estagiar lá.

— Sério? Uau, isso é incrível.

— É verdade. Espero ser efetivado em breve — ele admite e seu tom de voz é otimista.

— Você dormiu no sofá?

— Dormi. Desculpa, Ames, eu estava cansado.

— Eu entendo. — E é verdade, não sou egoísta ao ponto de querer prioridade na vida dele vinte e quatro horas por dia. — Acontece. Está tudo bem.

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