No Asteroide de Mineração FK 625
Calixto e Bob recebem o comandante Jordão para a reunião.
A especialista em Stalls começa a narrar os avanços que tiveram desde o último encontro com o comandante. Ela diz:
- Até a semana passada as crianças clones e a criança capturada estavam aprendendo a língua um do outro. Elas também passaram a brincar juntas e a criar laços afetivos. A criança capturada demorou para superar o trauma e começar a interagir. Aparentemente a criança capturada formou uma teoria e acha que os clones eram crianças como ela, porém que teriam sido capturadas enquanto eram bebês e por isso não sabiam falar a língua Stall. Isso é muito conveniente, uma vez que ela não está nem um pouco disposta a interagir com a gente, porém ela passou a interagir com os clones.
Calixto fez uma pausa e Bob disse:
- O acesso a língua Stall já é uma grande conquista. Mas conseguimos ainda mais.
Então Calixto continuou:
- Os laços entre eles estão cada vez mais fortes. Então há alguns dias a criança capturada começou a contar aos clones sobre a história e a cultura do povo dela. A criança capturada falou que a milhares de anos atrás...
---x---
No Planeta Torix
A tarde caia sobre a cidade em forma de anel. Os forças aliadas ainda vistoriavam os prédios da cidade. Se continuassem naquele ritmo levaria uma eternidade para cobrir a cidade inteira.
Os pequenos drones de reconhecimento entraram pelas janelas e pelas portas de mais um prédio. Depois de alguns minutos Bule fala alarmado:
- Havas guerreiros no segundo andar, vários deles.
Pelas telas de controle os soldados viam os havas atirar nos drones com as disparadoras de múltiplos canos. O tiroteio ocorria no emaranhado de corredores e salas.
Os drones respondiam com suas pequenas armas, que eram pistolas dos soldados humanos que Dora havia adaptado.
Os havas eram mais ágeis e destruíram vários drones, e depois se protegiam atrás de móveis e entrando e saindo de salas. Os corredores ficaram cheios de destroços e as paredes ficaram cheias de buracos de tiros e marcas das hélices dos aparelhos que perdiam o controle ao serem atingidos.
Os drones que estavam em outros locais do prédio passaram a convergir para o segundo andar e superaram os havas em número e derrubaram seis deles.
Os dois que sobraram passaram a correr por um corredor em direção a uma janela.
Os soldados humanos que estavam do lado de fora ficaram esperando pelo inimigo com os rifles de plasma preparados.
Os havas guerreiros pularam por uma janela grande. Os disparos de plasma os atingiram enquanto eles estavam no ar caindo em direção a rua.
Um dos guerreiros foi totalmente destroçado, o outro porém teve apenas uma perna decepada na altura do joelho e caiu no chão batendo a lateral do corpo. O rifle de quatro canos dele foi parar longe. Ele estava consciente, porém indefeso e gritava de dor.
Sarah aponta seu rifle para o peito do inimigo e atira. O cheiro de carne queimada aumenta ainda mais. Os guerreiros estavam todos mortos.
- Sarah, por que você executou o guerreiro, ele era um prisioneiro, você sabe que ele iria sobreviver aos ferimentos. – disse Carlos.
- Para que? Os guerreiros não se adaptam bem, não são como nós, não tem inteligência. São uns coitados. E a Dora é implacável, ela iria colocar uma coleira explosiva no pescoço dele. Que vida de merda é essa? E ela iria acabar explodindo ele mais cedo ou mais tarde. Achei melhor acabar logo com o sofrimento do coitado.
