Capítulo 35 - Ato de desespero

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Hélio

Esperei por horas intermináveis pela ligação de Carol. Quanto mais eu ansiava por ela, mas isso custava acontecer. Ela teria que me explicar detalhe por detalhe o que estava fazendo esse tempo todo.

Decide então deixar esse ligação para outra hora, pois tinha muito a fazer. Desliguei o celular e analisei os papéis para a reunião com os acionistas minoritários da empresa.

(...)

Quando em fim o horário de almoço chegou, despedi de Bruna, minha secretária, e sai. Queria saber como Brenda estava, depois dessa possível gravidez, eu estava cauteloso com tudo ao seu redor, não queria que nem um mosquito encostasse nela.

Estacionei o carro na garagem e, fui direto para meu quarto, ter alguma notícia de Carol. Eu queria, o quanto antes, confirmar a gravidez de Brenda.

Liguei o celular e, em pouco tempo, o som dele me fez ficar agitado. Era bom ter alguém para conversar, principalmente  em alguém que posso confiar, afinal, ela é nosso cupido.

Expliquei tudo a ela, que a princípio ficou assustada, mas feliz. Animada com a ideia de ser tia. Ela prometeu que conversaria com ela, porém se ela pedisse segredo, ela não me contaria nada. Nem um mínimo detalhe da conversa, essa parte não me agradou nenhum pouco, mas eu não poderia obriga-la a falar, nem mesmo se eu quisesse.

Eu continuei com aquilo tudo na cabeça, tinha que descobrir de qualquer jeito. Se fosse preciso invado seu quarto e reviro tudo, para saber se ela está grávida ou não.

Brenda

Eu ainda não tinha contado para ninguém sobre minha gravidez, nem mesmo para Henrique. Minha situação era a mais difícil possível, meus enjoos se tornaram mais frequentes, enjoava qualquer cheiro. Isso não era de agora, eu tinha percebido meses atrás, mas nem passou por minha cabeça.

Eu tinha sido irresponsável, quantas e quantas vezes, fiz sexo sem proteção. Queria o quê ? Não era mesmo provável de se acontecer.

Depois daqueles exames, era oficial : eu estou grávida. Acariciei minha barriga, tinha um bebê lindo crescendo ali comigo. A única lembrança de todo o amor que eu e Hélio compartilhamos no passado. Passado nem tão distante.

Quando meu celular, percebi que tinha ficado um bom tempo acariciando minha barriga. O nome na tela me fez abriu um sorriso de orelha a orelha.

- Carol, Saudades !

- Quanto tempo. Eu ando tão ocupada que não tive mais tempo para te ligar.

- Eu entendo.

...

Carol e eu botamos o papo em dia. Ela contou o que aconteceu no banheiro da sala. Eu ri por horas, enquanto ela contava todos os detalhes sórdidos. Quando o momento ideal apareceu, eu quis contar a ela, sobre tudo que tava acontecendo. Ninguém melhor que ela para me ajudar nisso. Mesmo correndo o risco dela falar para Hélio, eu precisava desabafar tudo isso.

- Eu preciso te contar uma coisa muito seria. Porém quero sigilo total.

- Pode falar

A EmpregadaWhere stories live. Discover now