Capítulo 30 - Mate

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Olá, meus amores.

Primeiramente, boa noite pra vocês. Eu comecei a escrever esse capitulo de XM no sábado, e terminei no domingo, porque já tem um tempinho que não atualizo. Então espero que sejam pacientes, já que eu tenho outras fanfics como Fallen Angel e Royals, que merecem atenção. 

Mas enfim, esse capitulo está bem legal. Tranquilo, bem tranquilo até. Espero que gostem, assim como eu gosto dele. É um dos meus favoritos. 

Ah, para ele eu vou indicar uma musica, e espero que escutem quando for solicitado. 

Aqui está: https://www.youtube.com/watch?v=C2A-Jbo-EaU

Sem mais papos, vamos ao que interessa. 

Evelin. :)

POV Narrador.

Um dia comum.

Apenas um dia comum.

Christopher se levantou, beijou o topo da cabeça de sua esposa que, descansava serenamente em um sono aparentemente profundo ao seu lado. Na noite passada, voltou para casa muito tarde; o encontro com Keana rendeu boas e prazerosas horas de sexo, que o impediu de voltar mais cedo, e encontrar sua esposa para uma simples conversa. Mas não era de todo mal, Camila nunca se importava se Christopher chegava tarde ou não, era muito bem desprendida desses tipos de cuidados para com o marido. Collins ergueu seu corpo da cama por completo, e caminhou em passos preguiçosos até o banheiro daquela suíte, onde realizou toda sua higiene matinal. No final daquela ducha quente, que embaçou os vidros do box, o moreno enrolou uma toalha branca ao redor da cintura, enquanto esfregava seus cabelos ensopados com uma toalha de mão. Ele parou diante de seu closet, fitou a sequencia gradiente de ternos importados, dos mais escuros até os mais claros. Optando por um preto, riscado por linhas finas de giz em um sentido vertical. Depois de perfeitamente arrumado, se juntou a farta mesa de café da manhã, enquanto checava seus e-mails e recados na tela de seu aparelho celular. O empresário teria um dia cheio, já que sua agenda contava com uma reunião extremamente importante com um de seus maiores investidores, seria o fechamento de um novo contrato, uma espécie de renovação, e de nenhuma forma aquilo poderia dar errado.

O rolls-royce estava estacionado em frente a porta da mansão, somente a espera do empresário que agora descia as escadarias a caminho do veiculo preto, luxuoso. Carlos, seu motorista, abriu a porta rapidamente, após um educado cumprimento, que tão logo foi respondido pelo moreno antes de se acomodar no banco confortável de seu carro. Não demorou muito, e o veiculo estava adentrando o estacionamento da empresa petrolífera. O trânsito aquela manhã parecia colaborar para que não houvesse atraso, o tráfego de carros pelo caminho foi fraco, quase indiferente. Christopher deixou o automóvel, e caminhou em passos apressados para o interior do prédio monumental da Collins Enterprise. Os funcionários estavam em seus devidos lugares, realizando suas tarefas diárias, como de costume. Alguns o fitaram, temendo seu olhar imponente, quase maligno. Ele era um homem respeitado, ou melhor, temido. Não tinha uma fama muito dócil, o que ajudava a manter certo distanciamento do resto de seus funcionários para com ele.

- Bom dia, Christopher. – John murmurou ao se aproximar, fazendo com que Collins estendesse a mão para frente, informando aos sensores do elevador para que a porta não fosse fechada.

- Bom dia.

- Está preparado para hoje? – disse ele ao coçar sua nuca.

- O quê?

- Para a reunião com os investidores. Será um tanto complicada depois do roubo, os cofres da Collins Enterprise estão em baixa. E ainda tem os ambientalistas.

O advogado deu de ombros insatisfeitos ao lembrar-se do amontoado de problemas que a empresa enfrentava. Christopher torceu os lábios, e suspirou, enquanto observa a troca constante de números no painel do elevador;

          

- Nós vamos nos recuperar desse problema, não se preocupe. Não acredito que vão querer quebrar contrato conosco, seria um absurdo. Perderiam uma parceria e tanto! E os ambientalistas são insignificantes, não me amedrontam em nada.

- Eu não os veria dessa forma. – John proferiu com um semblante preocupado, fazendo o empresário rolar os olhos.

- Pois eu os vejo! Não há nada que eles possam fazer contra mim, a não ser reclamar o tempo todo.

O bipe do elevador soou alto, informando que o andar solicitado havia chegado, as portas metálicas se abriram, dando espaço para que ambos os homens seguissem pelo corredor extenso até a sala presidencial.

- Estive observando o movimento pelas redes sociais, tenho receio que eles comecem algo maior. Você sabe como isso se espalha, e com apoio das massas, isso pode virar uma bola de neve.

Christopher acenou com a cabeça para sua secretaria, e adentrou sua sala rapidamente, sendo seguido pelos passos de John. Ele não queria ouvir sobre ambientalistas, estava de saco cheio daquelas pessoas que a todo custo tentavam interromper seu trabalho expansivo, com idéias corretas sobre o que ele deveria ou não fazer. Collins pouco se importava com o meio ambiente, e muito menos com aqueles os que defendiam. Seu objetivo principal, era encher seus bolsos com dinheiro, e expandir seu poder no ramo empresarial.

- Eu sou um dos empresários mais poderosos desse país, acha mesmo que alguém tem cacife para me derrubar? – exclamou confiante, enquanto desabotoava seu paletó, para ocupar seu lugar na cadeira presidencial.

John permaneceu parado a alguns metros da mesa, enquanto engolia em seco a idéia temerosa que rondava sua cabeça. Ele sabia que as coisas estavam em uma situação delicada, e que todo cuidado seria pouco para manter a Collins Enterprise em um equilíbrio saudável.

- Não, senhor. – respondeu.

- Viu? Fico feliz que concorde comigo, John. Não fique colocando todas suas energias em boatos espalhados por aí. Esses ambientalistas não passam de desocupados, sempre me ameaçaram, e veja só, ainda estou faturando sem problemas. – disse com um sorriso vitorioso.

Ele assentiu devagar, mesmo não concordando. John sabia que contrariar Christopher Collins era totalmente inútil, o empresário tomava sua verdade como absoluta, e não havia um ser que o fizesse mudar de idéia.

- Eu sou o rei disso tudo, John. – disse ele ao pressionar seu dedo indicador sobre a mesa. - Não há força superior a mim.

- Tudo bem, esqueça o que eu disse.

- Muito melhor.

Depois de planejarem alguns tópicos para a reunião daquela manhã, o advogado deixou a sala de Christopher, deixando-o completamente sozinho com seus pensamentos. Collins não demonstrou, mas ele sentia que algo muito grande estava se aproximando, e não era ao seu favor. Ele suspirou cansado, enquanto erguia o copo de vidro até seus lábios, degustando de um pequeno gole de whisky, um dos mais caros daquele país. Depois de repousar o copo sobre a mesa, passou os olhos pelos relatórios deixados por sua secretaria, aonde continha todas as pautas da reunião que aconteceria em meia hora. Entre o amontoado de papeis presente em sua mesa, havia um único envelope, sem remetente. Christopher franziu o cenho, unindo as sobrancelhas no centro de sua testa, analisando a entrega anônima, enquanto pensava a respeito dos bilhetes recebidos por sua nova amante, Keana Issartel. Seria mais uma das cartas? De inicio se sentiu receoso, no entanto, a curiosidade foi tamanha, que o empresário não se deu ao trabalho de abrir com cuidado, o papel foi rasgado, expondo o conteúdo desconhecido até então.

De fato, não havia um remetente naquela carta. Christopher suspirou, engolindo em seco antes de tentar começar a ler as linhas impressas daquele papel.

Xeque-MateWhere stories live. Discover now