BETRAYAL BY BLOOD; notes.
❝ inimigos mortais, outrora amantes. era assim que a maioria os descrevia.
ela era feita de sangue e feitiço, metade grimm, metade maldição. viva demais para o mundo dos vivos, perigosa demais para o mundo dos mortos. ele era sombra e pedra, a força silenciosa por trás do trono dos volturi, leal apenas ao que ardia sob sua pele.
nunca se conheceram por completo. apenas vislumbres, fragmentos, rumores sussurrados no escuro. ainda assim, havia algo que os ligava — um fio invisível, antigo, pulsante, como uma cicatriz que sangra em noites de lua cheia.
até o dia em que ela foi convocada. uma missão simples: acompanhar uma humana em julgamento. nada além disso. e então, ele. parado como uma estátua esculpida em postura e silêncio.
mas o destino, esse dramaturgo cruel, lhes preparava o (re)encontro. um choque de passado e presságio. quando os olhos se cruzaram, tudo o que era latente tornou-se febre. olhos nos olhos, feridas com feridas. a partir daquele instante, pareceram destinados à colisão. depois disso, era impossível existirem separados.
o sangue dela... o sangue dela o chamava como um cântico. o perfume dele... ah, o perfume dele a guiava como um farol no meio da noite bruxuleante.
amavam-se como se a eternidade tivesse pressa. era um amor impossível. mas, por alguma razão, como tudo que desafia as leis da natureza — tornava-se possível. ❞