Estou meio reflexiva hoje. Essas últimas semanas tem sido difíceis. Inclusive, passei muito tempo longe daqui e de outras coisas que gosto de fazer, por causa disso. Perdi alguém muito próximo a mim, e não bastasse, tenho um ambiente familiar um tanto quanto tóxico, por isso eu valorizo os pequenos momentos.
Como os de sentar com uma pessoa e conversar. Rir e relembrar bons momentos. E seguido essa linha de raciocínio, eu parei para olhar o meu histórico, e eu me sinto orgulhosa sabe. Sei que estou longe da perfeição, e tenho muitos defeitos, mas eu gosto da mudança, gosto da evolução. E sei que tenho muito a mudar e evoluir ainda.
Mas eu olho para trás e vejo aquela menina sozinha, que mal conversava com as pessoas, tinha um bloqueio enorme e fico contente de ter mudado. Se eu pudesse, eu pegaria na mão dela e diria para ela ter calma, porque as coisas mudariam. Eu vejo ela e tenho orgulho, orgulho de ela ter resistido.
Eu mudei muito desde 2019. Muitas pessoas entraram e saíram da minha vida, embora tenha tido a pandemia. 2019 foi uma loucura confusa. Foi um bom ano, mas eu ainda tinha aquele bloqueio e pouca maturidade. 2020 veio para abalar. A pandemia foi muito difícil. Fato. 2021 foi um dos meus melhores anos, não ironicamente. Eu vivi muita coisa nesse 2021. Muitas memórias preciosas.
Em 2021, eu vi uma menina que ama maquiagem, evoluiu muito nos desenhos e na escrita, e conheceu novas pessoas. 2022 me abalou. Marco. Terceirão. Em 2022 eu percebi os efeitos que a pandemia tiveram em mim. Eu nunca tive facilidade em falar em público, mas a pandemia agravou isso, ao ponto de quase ter ataques de ansiedade, e é de se esperar que ao conhecer quase todo mundo desde tão nova, não fosse tão difícil, mas foi. +