Oceano — o grande rio que circula o mundo. o filho primogênito de Urano (Céu) e Gaia (Terra), portanto o mais velho dos titãs. Era o deus das águas correntes, do fluxo e do refluxo e a origem de todas as massas líquidas e fontes de água doce do mundo. Oceano também era o deus que regulamentava o nascer e o ocaso dos corpos celestes, que se acreditava surgirem e descerem em seu reino aquático nas extremidades da terra. Na cosmogonia grega, o deus Oceano era o grande rio cósmico primordial que circundava o mundo, mantendo-o apertado na rede circular de suas águas. No período helenístico, com a evolução dos conhecimentos geográficos, ele passou a ser o deus que personificava os oceanos do planeta, fazendo do distante Atlântico a sede de seu domínio aquático, enquanto Posídon reinava sobre o Mediterrâneo. Os oceanos são assim denominados em honra a esse antigo deus.
Céos — o deus do norte, do conhecimento oracular das estrelas, representado pela constelação de dragão no centro do céu.
Crio — o deus do sul, ligado à constelação de Áries, deus responsável pela mecânica dos astros e pelos ciclos celestiais.
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É um dos doze titãs clássicos da tradição hesiódica, filho de Gaia (Terra) e Urano (Céu). Do grego, seu nome significa "carneiro". Intimamente relacionado com a constelação de Áries (carneiro), Crio era o deus primordial das constelações e sua função na cosmogonia grega era o de organizar os ciclos estelares. Sua esposa era Euríbia, deusa que personificava o domínio sobre os mares, nascida da união de Gaia e Pontos, e seus filhos foram Palas (deus dos ofícios guerreiros), Perses (deus da destruição) e Astreu (deus dos astros e das estrelas). Este último se uniu a Eos (deusa da aurora) e gerou as estrelas, os quatro ventos (Bóreas, Nótos, Eúros e Zéphyros) e os planetas conhecidos na Antiguidade: Phaínôn (Saturno), Phaéthôn (Júpiter), Pyroeís (Marte), Stílbôn (Mercúrio) e Eôsphóros-Hésperos (Vênus).Crio tomou o partido de Cronos na Titanomaquia e foi atirado ao Tártaro após a sua derrota pelos deuses olímpicos. Porém, segundo o que apregoam diversas tradições míticas posteriores, Zeus, uma vez reconciliado com o pai, libertou os titãs de seus grilhões e permitiu que eles finalmente retomassem as suas funções divinas.
Hiperião — o deus do leste e deus primordial do sol e do fogo celestial. Associado com a luz e anteriormente um deus solar. É um dos seis filhos de Urano e Gaia. Sua esposa é a Titânide Téia, com quem gerou a tríade de deuses das luzes das partes do dia: Helios (o Sol), Eos (a Aurora) e Selene (a Noite). Hipérion não possui uma abordagem profunda na mitologia, sendo conhecido basicamente por sua descendência e pela sua participação na revolta contra o seu pai Urano.
•A Castração de Urano Hipérion, juntamente com Cronos, Jápeto, Crios e Coios conspirou contra seu pai. Quando Urano desceu à terra para coabitar com Gaia, Hipérion e seus irmãos esperaram-no nos quatro cantos do mundo e o agarraram quando ele desceu. Cronos castra o seu pai com uma foice que tinha sido feita por sua mãe. Os quatro titãs ( Hipérion, Jápeto, Crios e Coios) personificam os pilares que nas cosmogonias do Oriente Médio separam o céu da terra e, como pai do Sol, da Lua e da Manhã, Hipérion se posicionou na parte leste do mundo. É dito que ele liderou a Titanomaquia após Cronos ter sido derrotado, e era o seu melhor guerreiro, mas acabou sendo derrotado por Poseidon e lançado no Tártaro.
•Prisão Após a Titanomaquia, Zeus lançou Hipérion nos poços do Tártaro, juntamente com seus irmãos. Em alguns mitos, ele e seus irmãos acabaram sendo libertados de sua prisão eterna.
•Humanidade Hipérion e todos os seus irmãos eram vistos como deuses antigos que foram responsáveis pela criação do homem, onde cada titã deu uma qualidade sobre a humanidade. Presume-se que Hipérion deu ao homem o dom da visão, baseando-se no fato de que seu nome significa "aquele que vê de cima". A esposa de Hipérion, Téia, era também a titânide da visão, o que reforça a hipótese deles serem os responsáveis por dar a humanidade esse dom.
Hipérion é mencionado na série Percy Jackson, onde ele é derrotado por Percy e Grover no Último Olimpiano. Ele também possui um pequeno papel no livro A Casa de Hades, onde ele é morto pela primeira vez por Bob (Jápeto) e, mais tarde, morto novamente por Tártaro.
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Jápeto — o deus do oeste, do ocaso, da mortalidade e ancestral da raça humana Jápeto, "O Perfurador" é um dos titãs mencionados por Homero em sua obra A Ilíada, como prisioneiro no Tártaro ao lado de Cronos. Senhor do Oeste, governou ao lado de Cronos e dos irmãos durante a Idade de Ouro, quando os titãs governavam o mundo e a recém-criada humanidade.
Tornaram-se governantes, entretanto, pela conspiração criada pela mãe contra o consorte Urano. Jápeto, ao lado dos irmãos, prepararam-lhe uma emboscada quando este desceu para se deitar com Gaia. Crio, Céos, Hiperião e Jápeto se posicionaram nos quatro cantos do mundo para segurar o deus celeste enquanto Cronos, escondido no centro, castrava Urano com uma foice. Nesse mito, Jápeto e os três irmãos representam os quatro pilares cósmicos que, nas cosmogonias do Oriente Médio, separam o céu e a terra. Jápeto era o pilar do oeste, posição depois ocupada por seu filho Atlas.
•Consorte e herdeiros É mencionado como pai de quatro filhos procedentes de sua união com a ninfa Clímene, filha de Oceano e Tétis. São esses os descendentes:
Atlas — também conhecido como Atlante: "O que suporta", condenado por Zeus a eternamente sustentar os céus após ter apoiado os titãs quando o mesmo se rebelou. Prometeu "o que pensa antes" — um dos titãs que apoiaram Zeus contra Cronos. Criador dos homens e doador do fogo à humanidade, foi condenado a ficar acorrentado por 30 mil anos, com uma águia a lhe comer o fígado diariamente, mas foi libertado por Héracles, que substituiu o prisioneiro por Quíron, o centauro; Epimeteu "o que pensa depois" — criou os animais e homens com seu irmão Prometeu. Recebeu Pandora como esposa, que abriu a caixa que espalhou os males no mundo; Menoécio, "poder da dor" — morto por Zeus, que atirou-lhe um raio durante a Titanomaquia e banido ao Tártaro. O mito de Jápeto foi citado na obra Os Lusíadas (escrita por Luís Vaz de Camões) pelo personagem Velho do Rastelo.
Cronos — deus do tempo, mais tarde com apoio de Gaia esquartejou Urano tornando-se senhor do Universo. É o mais jovem dos titãs, filho de Urano, o céu estrelado, e Gaia, a terra. Cronos era o rei dos titãs e o grande deus do tempo, sobretudo quando este é visto em seu aspecto destrutivo, o tempo inexpugnável que rege os destinos e a tudo devora. O titã Cronos serviu de inspiração para a antiga seita órfica criar a figura de Chronos, a quem chamavam de o "deus primordial do tempo". Vale ressaltar que o modo de vida dos órficos causava grande estranheza entre os gregos e a nova teogonia criada por eles era, da mesma forma, repudiada pelo culto cívico e popular das póleis gregas. O que quer dizer que, para os gregos comuns, o titã Cronos (e somente ele) era o deus do tempo por excelência.