1. Se eu morresse

"Saiba, agora, de uma vez por todas, quem é Ariel, a mulher que mais amou você nessa vida, e como nasceu Arlequim, o monstro que mais amou você nessa vida. E que por você quase deixou de existir..."

Se o amor é puro e divino, o que acontece se você ama um demônio? Ele deixa de ser demônio? Ou o amor deixa de ser puro e divino?

Ariel é lasciva, sedutora até o último poro, uma stripper atraente não só pela beleza estonteante como pela improvável erudição; a personificação da luxúria em contraste com sua doce feminilidade, como duas mulheres habitando o mesmo corpo. Principal atração da boate Paraíso da Perdição, todas as noites de sábado escolhe alguém da plateia para uma noite de prazer gratuita.

Naquela noite escolhe Samuel, um jovem poético e ingênuo, arrastado para aquele lugar sórdido pelos amigos maliciosos. Ao tomar uma decisão improvável, acaba despertando sentimentos intensos no coração nebuloso da stripper. Um amor florescido em um ambiente hostil e sombrio de dor e maldade. Uma paixão avassaladora com regras impossíveis de seguir, um caminho sem volta cujo único destino previsível é a tragédia.

E mesmo assim, ele decide ir até o fim.

Amar. Morrer. Morrer de amar. Amar até morrer.

Ele só não esperava que as consequências dessa relação fossem ameaçar não só a ele, mas a todos que ama.

Em uma narrativa dinâmica, o leitor é envolvido por uma intrincada trama de amores fulminantes, segredos, crueldade e punição, repleta de reviravoltas, personagens cruéis e vingativos, amáveis e odiosos e um final memorável, para chocar o mais insensível dos corações.