Pegando á estrada

Chris sempre pretendeu sair de casa pra se distanciar de seus problemas familiares e logo que alcançara o ápice dos seus 18 anos, realizou seu desejo. No caminho até a florida ele parou em um hotel de estrada para reabastecer e descansar, pois a viagem seria longa e seu corpo já dava os primeiros sinais de exaustão. Antes de descer do velho carro - Um Chev Impala 69 - que seu avô o havia dado em seu aniversário de 16 anos, Chris se olhou no retrovisor arrumando o topete, ajeitou a gola da camiseta e olhou sua expressão, sempre fora vaidoso, agora mais do que nunca.
A recepção do hotel era um tanto inadequada, sem qualquer atitude de marketing, o local era rústico e o recepcionaista um senhor ranzinza e carrancudo de dar medo, ainda mais porque deixava um belo rifle Winchester esposto sobre sua cabeça na parede de trás. Chris pediu um quarto e pagou a gasolina que James, um frentista com o sonho de abrir uma grande franquia de postos, havia colocado minutos atrás. Aquela foi a melhor noite de sua vida, longe de todo o drama familiar, mesmo o hotel sendo uma espelunca, não acordou com a gritaria matinal, e sim com o carro reparado por Emmett e uma bela mesa de café da manhã preparada por Linda, mãe e filho, eram bons no que faziam e sempre com um sorriso no rosto e uma bela conversa. Ainda antes que pudesse partir, acabara por conhecer Alice, uma garota problemática e que fazia Chris querer viver ainda mais.