Prólogo

- Não... MÃE! - Berrei, me virando. Ela estava lá embaixo, o sangue vivo e brilhante despontando da sua testa aberta e de sua boca, manchando o asfalto, suas roupas. Os olhos pareciam de vidro, presos naquele terror.

Quando uma coisa assim acontece, na sua frente, a primeira coisa que você faz é parar, como se tudo tivesse parado. A arma engatilhando, o fogo lá embaixo. Só tem você e o sangue. Muito sangue, por todo lado. Então sua mente acorda, olha pra frente, pro cano da arma apontado na sua direção e uma raiva ensurdecedora preenche todo o seu corpo sem controle algum.