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- Foste tu que mataste os meus pais? - A voz arrastada fazia os meus olhos picarem. O metal no meu dedo pronto a ser puxado.

- Porquê agora? - ele diz enquanto massaja o couro cabeludo. Os seus olhos gelados são como flechas na minha direção.

- Desculpa?

- Quero dizer, nós estamos bem não precisamos de mais drama. Eu amo-te e sei que tu também sentes o mesmo.

- O único sentimento que nutro por ti é repulsa. Repulsa e ódio.

A confusão e dor no seu rosto foi suficiente para eu premir o gatilho daquele engenho sombrio e um estrondo soar, sem nem sequer ouvir uma palavra. O brilho dos seus olhos desapareceu assim como a minha alma.

- Eu também te amo, Harry.

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